segunda-feira, 11 de julho de 2011

Adios Muchachos...

          Então galera...Chegamos ao fim das nossas postagens!! ='( Sei que todos vão sentir saudades... hahahahahah brincadeira... =) Esperamos que nossos posts tenham ajudado vocês a entender um pouco mais sobre as dietas low carb. Adoramos compartilhar isso com vocês e vamos sentir saudades... =) Até outra hora people!!!! Beijoooooos

sábado, 9 de julho de 2011

Curiosidades...

MITOS

       Hoje em dia existem muitos mitos sobre a alimentação, os quais fazem com que as pessoas acreditem que há maneiras mais simples de se emagrecer. Por isso, iremos desmistificar alguns temas muito abordados pela mídia, bem como assuntos que são passados de geração em geração
                 -  Comer alimentos ricos em carboidratos à noite engorda?
É necessário comer alimentos fonte de carboidrato em todas as refeições, pois como já foi dito anteriormente em outros posts, ele será a nossa principal fonte de energia. É importante sempre observar os acompanhantes do carboidrato, é preferível comer junto com alimentos fonte de fibra, que irão ajudar a manter um índice glicêmico estável, ou então optar por carboidratos que não sejam refinados. Podemos dizer então, que é importante que se coma carboidratos à noite, porém sem excessos, seria recomendado uma sopa, por exemplo.
                            -   Beber líquidos durante as refeições engorda?
É recomendado que se beba um copo de água sem gás durante as refeições, para que este ajude na digestão, bem como no trato intestinal, facilitando alguns processos bioquímicos. Porém se a bebida for outra, como um suco com açúcar, ou uma bebida gaseificada, não serão recomendados seus consumos, já que aumentam o volume do estômago e dificultam o esvaziamento do mesmo, além de competirem com os alimentos da dieta, na digestão.
                             - Vitaminas engordam?
Escutamos muito “O médico me receitou um suplemento de vitaminas, mas não vou tomar porque elas engordam”. Mas as vitaminas são essências ao nosso organismo, pois desenvolvem reações metabólicas especificas e imprescindíveis para o normal funcionamento do organismo. Não são fontes de calorias e pouco contribuem para o aumento da massa corpórea. Quem fornece calorias ao organismo, são os macronutrientes: carboidratos, lipídios e proteínas.
                        -  Podemos comer frutas à vontade?
Não é recomendado consumo de nenhum alimento em excesso, e isso vale também para as frutas. Estas são uma ótima fonte de vitaminas e minerais, porém também em sua composição há açúcares que em grande quantidade podem trazer o ganho de peso.
                           - Comer o dia todo engorda? Fazer jejum emagrece?
O recomendado é que se coma de três em três horas, tendo quatro refeições ao dia: café da manhã, almoço, lanche à tarde e janta, sendo que entre as refeições é possível comer frutas, totalizando quatro porções desta ao dia. O jejum é muito perigoso, pois com a não ingestão de alimentos, ocorre um desequilíbrio bioquímico, que faz com que o organismo fique mais lento, para que não se consuma tanta energia. A perda de peso pelos que jejuam é basicamente a perda de líquido e músculo.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ingestão de fibras e resposta glicêmica/insulínica

     Alimentos ricos em amido, tem a resposta glicêmica direntamente relacionada à absorção feita pelo intestino. Isso, sem deixar de lado a influência que a estrutura da matriz do alimento pela cristalização do amido e de outros componentes do alimento (exemplos: ácidos orgânicos e fibras dietéticas)
         Atualmente, a recomendação diária da ingestão de fibras é de 25 a 35g. Fibras solúveis tem gerado um interesse considerável por causa do seu efeito moderador da taxa glicêmica pós-prandial, além da sua capacidade de afetar o metabolismo dos carboidratos.
         A β-glucana (componente ativo do farelo de aveia) é um exemplo de fibra solúvel que é formadora de gel e reduz o aumento da glicemia e concentração da insulina (tanto em indivíduos saudáveis, quanto em diabéticos do tipo 2), quando acrescido à uma solução de glicose e/ou misturada a outros alimentos.
            Foi feito um estudo1 com os seguintes indivíduos:
°                                32 voluntários
°                               Saudáveis
°                               Não-fumantes
°                               Médias de 37 anos de idade
°              Média de IMC = 22 kg/m2
Estes foram alimentados da seguinte forma:
°         Ceia à noite: com 2-3 fatias de pão branco
°         Desjejum do dia seguinte: muesli (flocos de milho, frutas secas, flocos de aveia, gérmen de trigo, extrato de malte e sal.

Os indivíduos foram divididos em duas séries. As quais tiveram a mesma dieta, na mesma quantidade. A única diferença é que uma tinha crescido em sua dieta duas doses de β-glucana (3-4g).

A glicemia foi medida pela manhã, em jejum e após cada refeição nos instantes 15 e 125 minutos. A concentração da glicose foi calculada a partir da glicose oxidase.

Resultados:
O grupo que teve adição de muesli na dieta teve quedas significativas na resposta glicêmica e na produção de insulina.

Comentários:
O muesli, contendo a β-glucana da aveia, reduz a glicemia pós-prandial e os níveis de insulina de um desjejum, baseado em alimentos de alto índice glicêmico (pão branco – 50g).
A quantidade de 4g de β-glucana, pode ser um quantidade crítica para manutenção glicêmica em indívíduos saudáveis.
Ao fazer uma revisão de literatura, o que mais se encontra sobre a β-glucana é: seu efeito na resposta glicêmica se dá porque ela afeta o metabolismo de carboidratos, pelo aumento do bolo alimentar no trato gastrointestinal, deixando a digestão mais lenta, e por conseqüência, a absorção dos alimentos (o que afeta um aumento agudo da glicose plasmática).
A fibra na dieta dos indivíduos e sua importância passaram a ser discutidos há cerca de 30 anos, e apesar das limitações desse estudo, vemos que o assunto vem despertando cada vez mais interesse. Além de poder auxiliar na manutenção glicêmica de indivíduos saudáveis, pode ser uma grande ferramenta para o tratamento de doenças como a Diabetes.



1 GRANDFELDT et. al. Muesli with 4g oat beta-glucans lowers glucose and insulin responses after a bread meal in healthy subjects. European journal of clinical nutrition. April 2007.

MIRA, Giane. Redução da glicose pós-prandial e resposta insulínica em indivíduos saudáveis após a ingestão de fibra alimentar. UFPR.  

Postado por: Ana Luiza Campos

domingo, 3 de julho de 2011

Aumento de TG a partir da ingestão de frutose

     A partir do artigo postado no blog de biobio iremos responder a pergunta feita pelo professor Marcelo Hermes. Porque o triglicerídeo pós-prandial aumentou nas pessoas que ingeriram predominantemente frutose e não glicose?
      De acordo com esse artigo e outros pesquisadores, o consumo a longo prazo (mais que duas semanas) de 20% - 25% de frutose suprindo as necessidades energéticas, não aumentou as concentrações de triglicerídeos (TG) em jejum. Porém foi verificado um aumento nessas concentrações quando administrado 15% - 20% de frutose nas necessidades energéticas de um indivíduo durante duas semanas ou mais.
      - Foi demonstrado como a frutose induz a hipertrigliceridemia pós-prandial a partir do DNL (lipogênese “de novo”) hepático.
    - Tem-se ensaiado que o metabolismo da frutose é independente da fosfofrutoquiase, assim, sua captação pelo fígado e seu metabolismo não são limitados pelo estado de energia. Ademais, a frutose pode ativar receptores independentes da insulina que ativam genes envolvidos da DNL.
    - Induzida pelo DNL, o aumento de frutose gera ácidos graxos, que conseqüentemente geram TG hepático. Porém o DNL hepático limita a oxidação de ácidos graxos no fígado a partir da produção de malonil-CoA, o que diminui a quantidade de ácidos graxos que entram na mitocôndria. Assim tem-se o aumento de lipídios hepáticos, os quais estão associados com o aumento da síntese de VLDL e sua secreção, que seria o principal causador do aumento de TG pós-prandial.
     - Também foi identificado que com a diminuição da sensibilidade à insulina e a exposição reduzida à insulina pós-prandial, gerado pelo alto consumo de frutose, causaram uma redução na atividade LPL (uma lipoproteína lípase) pós-prandial.
    - Ainda, há evidências que associam o aumento de TG pós-prandial com condições pró-aterogênicas, que relacionam com remodelações de lipoproteína.
      - Pôde-se dizer também que esse consumo de frutose promove o desenvolvimento de uma síndrome metabólica, na qual se aumenta a adiposidade e a resistência à insulina adiposo, o que eleva os níveis de FFA (ácidos graxos livres).
     - Por último, também se viu que a redução da depuração TG também pôde contribuir para o aumento de TG pós-prandial em indivíduos que consumiram frutose.
    Todos estes podem ser motivos para um aumento de TG pós-prandial para os consumidores da frutose nesse estudo. 

Postado por: Aline Okamura

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dieta de South Beach

                A dieta de South Beach foi criada pelo cardiologista Dr. Arthur Agatston, e visa a redução de doenças cardíacas a partir de uma alimentação melhor em seus pacientes, sem que estes adquiram cetose. Primeiramente, ele havia tentado conseguir resultados de redução a partir da diminuição de gorduras na dieta do paciente, no entanto não foi observado nenhum resultado, então ele resolveu fazer uma dieta a partir da redução de carboidratos em vez de gorduras, obtendo resultado, não somente na redução de doenças cardíacas, como também na redução de peso. Assim, essa dieta acabou sendo adotada por diversas pessoas com pretensão de emagrecer. Deve-se lembrar de que o Dr. Agatston não pretendia criar uma dieta que reduzisse o consumo de carboidratos ou gorduras e sim, uma dieta que auxiliasse o paciente a entender como ingerir corretamente estes nutrientes.
                A dieta consiste em saber se alimentar melhor, fazendo as melhores escolhas entre carboidratos, lipídios e outros nutrientes. Ela incentiva o usuário a fazer uso de carboidratos que possuam um baixo índice glicêmico (como grãos integrais e vegetais ricos em fibras), já que estes possuem uma liberação de insulina mais gradual. Já os alimentos com alto índice glicêmico (como pão branco, batatas, arroz e outros), possuem uma maior liberação de insulina, e esta acaba por, consequentemente, não dar uma saciedade mais rápida ao organismo e acabam causando uma compulsão maior por carboidratos.
                 A dieta South Beach é constituída de três fases:
- 1ª Fase: Prevê uma duração de duas semanas, e nela se tem a restrição total de carboidratos, visando uma “limpeza” da insulina gerada pelos carboidratos ruins. De resto, tudo pode ser consumido, visando somente a saciedade. Dentre os alimentos que podem ser consumidos nesta fase estão algumas leguminosas, carnes magras, frango sem pele, laticínios (de preferência desnatados), ovos e azeite de oliva. Alguns alimentos que devem ser evitados são massas, arroz, pães, cereais, doces e frutas.
- 2ª Fase: Nesta fase começa a ser liberada a ingestão de alguns carboidratos, sendo preferencialmente os de baixo índice glicêmico (uma medida do grau em que certos alimentos aumentam os níveis de glicose sanguínea), como frutas e grãos integrais. Ela deve durar até se atingir o peso desejado.
- 3ª Fase: Esta fase já deixa de ser uma dieta, pois ela deve ser feita com o que foi aprendido das fases anteriores, devendo ser seguida para a vida inteira. Nela já podem ser ingeridos todos os alimentos, no entanto, se for observado um aumento de peso nesta fase, é recomendado que voltasse à primeira ou à segunda fase da dieta, não sendo recomendado ficar muito tempo nas outras fases, principalmente na primeira, por poder acarretar em uma falta de nutrientes.
                Esta dieta não substitui a visita a um nutricionista e, como outras dietas, é recomendado a supervisão de um.


Postado por: Teresa Dias

quinta-feira, 30 de junho de 2011

10 dias só de Lipídios...

     Durante uma aula de bioquímica e biofísica, em que o professor Marcelo Hermes resolvia um estudo de caso, veio um questionamento do mesmo: “O que aconteceria no organismo de uma pessoa que fizesse uso de uma dieta cetogênica onde se tivesse o consumo de 100% de lipídios por 10 dias seguidos?” Aqui iremos explorar esse tema.
                A dieta cetogênica é um tipo de dieta low carb baseada no baixo ou nulo consumo de carboidratos e na alta ingestão de lipídios. Ao se fazer uma dieta cetogênica, o organismo do indivíduo deve passar por diversas adaptações. Isso se deve ao fato de o corpo ter a necessidade de, ao invés de utilizar a glicose provinda dos carboidratos como fonte de energia, passar a utilizar ácidos graxos e corpos cetônicos para este fim.
                O triacilglicerol presente no tecido adiposo é degradado, na ausência da glicose, e gera dois subprodutos: ácidos graxos e glicerol. Estes dois substratos seguem caminhos diferentes. Os ácidos graxos gerados serão oxidados e se tornarão moléculas de Acetil-CoA, que entrarão no ciclo de Krebs, a fim de produzir energia para o corpo e, principalmente, para o funcionamento das vias metabólicas do fígado, dentre elas, a gliconeogênese. Já o glicerol será utilizado na gliconeogênese pelo fígado para produzir glicose, que irá manter o nível de glicemia no sangue.
                Porém, com o uso prolongado de uma dieta cetogênica, ocorre um acúmulo de corpos cetônicos no sangue e na urina. Este processo é chamado de cetose. Este fenômeno provoca a queda do pH sanguíneo e, além disso, esse estado prolongado de cetose pode ser fatal.
                Como o organismo não terá as proteínas provindas da dieta, o corpo começará a degradar a proteína muscular para ajudar a produzir energia para o organismo, ou seja, ocorrerá perda de massa magra, o que não é saudável. Além disso, a deficiência de alguns micronutrientes (vitaminas e minerais) de extrema importância para o metabolismo do organismo poderia ser causada, pelo fato de alguns deles estarem presentes apenas em alimentos que possuem carboidratos e proteínas, mas que não poderiam ser consumidos nessa dieta.
                Assim, no caso de uma pessoa que mantiver o consumo apenas de lipídios em sua dieta por 10 dias, ela entrará em estado de cetose muito rapidamente e, por causa deste e dos outros fatores explicitados acima, isso provocaria distúrbios em seu metabolismo que poderiam ser irreversíveis.

Postado por: Andressa Cristina 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Álcool e dietas low carb combinam?

                Existem estudos que dizem que uma taça de vinho por dia, beneficiaria o nosso organismo por apresentar, em muitos dos seus componentes, características antioxidantes. Outras pesquisas também dizem que não só o vinho, mas várias bebidas alcoólicas em pequenas doses diárias preveniriam a mortalidade por certas doenças. Mas será que o consumo de álcool seria recomendado para pessoas que fazem o uso de dietas low carb?

                O álcool: vinhos e destilados em geral, são normalmente considerados bebidas de baixo carboidrato, a não ser que estejam misturados em forma de cocktails, em que são adicionados açúcar, suco, entre outros. Porém ao ingerir álcool, este servirá como fonte de energia, e como não pode ser estocado em nosso organismo, como o glicogênio, terá que ser consumido por completo.
                Questionado sobre o assunto, criador de uma das dietas low carb mais famosas, Robert C. Atkins diz que não recomenda seu consumo junto a dietas low carb. Sua resposta baseia-se no fato de que ao ingerir álcool, este será o primeiro combustível utilizado pelo organismo, e não os lipídios. Ademais, como o álcool não é armazenado em nosso organismo, para que volte a degradação dos ácidos graxos, primeiramente terá que esgotar o álcool presente no corpo. Esse acontecimento só irá adiar a cetose. Mas, se houver a necessidade de se consumir álcool, sejam quais forem as motivações do individuo, Atkins recomenda que se beba vinho, e que se este não for de seu gosto, opte então por vodka ou whisky, sendo que se houver misturas, não se adicione açúcar.

                Outros autores como: Ray Audette, Drs. Michael R. e Mary Dan Eades,também discordam quanto a ingestão de álcool em conjunto com dietas low carb, já que pode estar “danificando” não só o fígado, mas também os rins e o estômago.


Postado por: Aline Okamura

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dietas low carb e seu efeito no metabolismo

           Faremos agora uma análise do seguinte artigo científico, publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition, intitulado: Low-carbohydrate nutrition and metabolism (Nutrição low carb e o metabolismo).
                Com base em vários estudos clínicos realizados no decorrer dos anos, com indivíduos saudáveis, obesos e portadores de diabetes tipo 2, foi possível chegar-se  a diversas conclusões em relação às consequências trazidas pelas dietas cetogênicas de baixa ingestão de carboidratos (LCDK) ao metabolismo desses pacientes. Nesses estudos, diversos fatores foram analisados e proporcionaram aos pesquisadores compreender melhor o que acontece no organismo de um individuo que faz uma LCDK. Um dos objetivos desses pesquisadores era estudar a possibilidade de se utilizar as dietas cetogênicas de baixa ingestão de carboidratos como forma de tratamento ou, até mesmo, prevenção da obesidade e diabetes tipo 2 e mostrar como a utilização dessas dietas poderia chegar a este resultado. Além disso, esses estudos buscaram dizer se o uso dessas dietas aumenta ou diminui os riscos de um indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares. Outro fator mostrado através desse artigo é a relação entre essas dietas e a perda de peso, além da sensação de saciedade e redução do apetite.
               Dentre as conclusões chegadas através da análise desses estudos tem-se que:
- Com o uso de uma dieta low carb (com restrição de carboidratos), a principal fonte de energia do corpo deixa de ser a glicose e passa a ser os ácidos graxos e os corpos cetônicos produzidos pelo fígado; Tecidos dependentes de glicose recebem esse substrato proveniente da gliconeogênese e da glicogenólise;
- Ao reduzir-se o consumo de carboidratos (sendo uma dieta restritiva) não necessariamente aumenta-se a quantidade de proteínas e lipídios ingeridos, ou seja, as dietas low carb também são dietas de baixa caloria, que incluem um aumento no percentual de calorias provenientes de lipídios e proteína, mas não necessariamente um aumento em valores absolutos de lipídios e proteínas.
- O estado metabólico de uma pessoa que segue uma LCDK pode ser comparado à condições de jejum/fome; em condições de fome, o corpo utiliza apenas fontes endógenas como fontes de energia – proteínas musculares, glicogênio e reservas de gordura, já no caso de uma LCDK, o corpo utiliza fontes exógenas de proteína e gordura para fornecerem energia, somados ao glicogênio e depósitos de tecido adiposo do corpo, caso o gasto calórico for maior do que a ingestão calórica.
- Durante a fome, as concentrações de glicose caem, enquanto nas dietas de baixo consumo de carboidratos, apesar da falta da ingestão do mesmo, a taxa de glicose no sangue é mantida – formação de glicose a partir da gliconeogênese, com a utilização do glicerol provindo da quebra do triacilglicerol do tecido adiposo. Isso ocorre porque o corpo tem que manter os níveis de glicose estáveis, cuja função é do fígado.
- Estudos mostram que a prática de uma dieta low carb pode melhorar o controle glicêmico e a resistência à insulina em indivíduos saudáveis e em pacientes com diabetes tipo 2;
- Dietas low carb levam, além da perda de peso, à melhoras nos níveis de triglicerídeos no jejum e aumento nas taxas de HDL;
- As dietas low carb devem ser avaliadas para serem possíveis tratamentos para condições de hiperglicemia, hiperinsulinemia e resistência à insulina;
- Segundo esse artigo, as dietas low carb apresentam efeitos benéficos em relação aos fatores de risco que levam à doenças cardiovasculares, ou seja, sua prática não provoca riscos significativos para o aumento da decorrência deste tipo de doença;
- As dietas de baixa ingestão de carboidratos possuem um potencial terapêutico muito grande, pois podem prevenir ou tratar diversas doenças, como as descritas no artigo;
         Estas são algumas das conclusões às quais esses pesquisadores chegaram, porém, é importante ressaltar que, esta é a opinião dada por este artigo. Existem outros estudos e outras fontes que contrariam ou concordam com algumas dessas conclusões e mostram outros pontos de vista e outras pesquisas e estudos realizados.

Postado por: Andressa Cristina

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dieta Low Carb: um distúrbio alimentar?

         Dietas Low Carb (redução de carboidrato) são baseadas num consumo de 20-50 g de carboidratos por dia. Foi muito popular nos anos 1960. E de acordo com a autora do livro, é uma pena que tenha voltado aos dias de hoje e esteja virando moda.
       Essa dieta causa, dentre outros fatores, fadiga, perda de massa óssea, desidratação, desequilíbrio de eletrólitos, hipoglicemia, depressão e deficiência de vitaminas e minerais. Pessoas com distúrbios alimentares, geralmente já tem essas deficiências, e isso só eleva o risco.
Um estudo1 diz que a baixa ingestão de carboidratos pode resultar numa menor quantidade de sangue fluindo para o coração. E a conseqüente maior ingestão de proteínas pode aumentar a taxa de colesterol.
A mídia hoje em dia, em geral, divulga que a Dieta Low Carb é benéfica e seu resultado é uma grande perda de peso, mas não fala sobre seus riscos. E sabemos a grande influência que a mídia tem sobre as pessoas, fazendo com que isso seja um incentivo indireto à hábitos pouco saudáveis. Grande poder da mídia sobre as pessoas. Alguns estudos mostram que essa dieta pode ser benéfica para pacientes que tem a intenção de baixar os níveis de colesterol e triglicerídeos.
Outros estudos mostram que, num mesmo período de tempo, a perda de peso é semelhante entre as pessoas que fizeram dietas Low Carb (redução de carboidrato) e Low Fat (redução de lipídeos/gorduras). Sendo essa primeira responsável por uma perda que é basicamente conseqüência de desidratação, que é revertida no momento em que a ingestão de carboidratos é retomada, ou seja, há reganho de peso.
Os distúrbios alimentares presente na sociedade hoje em dia são:
°      Anorexia: Onde não há ingestão de alimentos, ou seja, o corpo sofre com a falta de energia através da oxidação de carboidratos, proteínas e lipídeos, resultando numa perda de peso exagerada. Então, o organismo recorre às reservas de glicose no músculo e no fígado. E quando esta também se esgota, a solução é utilizar os adipócitos, o que provoca a formação de corpos cetônicos, o que à longo prazo, pode ser tóxico.
°      Bulimia: É quando há uma ingestão, que na maioria é exagerada, mas  que  a digestão é interrompida de forma forçada, por vômitos ou pela ingestão de laxantes, o que dificulta a absorção. Assim, há além da perda excessiva de peso, um grau alto de desnutrição e desidratação.
°      Transtorno do comer compulsivo: Ocorre quando há uma grande ingestão de alimentos, sem controle, onde a pessoa, não sente saciedade e por isso, continua a comer cada vez mais. Isso causa um alto ganho de peso (principalmente de massa gorda), além de aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos, e vários outros maléficos à saúde.
°      Há quem diga que a dieta low carb é um tipo de distúrbio alimentar.

: A autora cita nos texto, vários estudos e artigos, mas não cita fonte específica


          Então, leitores, a minha intenção com esse post, foi criar uma discussão. E levando em conta o seguinte esquema:

CHO → principal fonte de energia (Amido; sacarose; maltose; glicose; frutose)
Obtenção de energia
¯
Oxidação de macronutrientes
¯
Liberação energia e CO2

Baixa glicose → Recorrer aos adipócitos  → Formação de corpos cetônicos → “intoxicação”

O que você acham? A dieta low carb pode ser considerada um distúrbio alimentar? Comentem e deixam suas opiniões!

 Livro: Eating Disorders Today. Autora: Diane Keddy, MS, RD. Summer 2004. Volume 2. Number 4.
Livro: Fisiologia Médica. Autores: Guyton e Hal. 9th Edition


Postado por: Ana Luiza Campos

Adição de Acúcares

Açúcares são componentes presentes nos alimentos, ou seja, são consumidos naturalmente através deles, ou artificiais que podem ser adicionados a eles.
Há várias definições de açúcares (tab 1)
°         Carboidratos simples: mono e dissacarídeos
°         Carboidratos complexos: polissacarídeos
°   Extrínseco: alimentos com adição de açúcar durante a preparação, processamento ou à mesa
°     Intrínseco: ocorrência natural, encontrados nos alimentos
°         Açúcares totais: naturais + adicionados
Como o esperado por nós, uma dieta saudável e balanceada, já contém a quantidade de açucares para suprir a necessidade do organismo. Mas o que acontece nos dias de hoje é o excesso. A adição de de açúcares nos alimentos industrializados, por exemplo, proporciona uma sensação de prazer ao paladar, incentivando cada vez mais a ingestão daquele alimento. E isso resulta em vários efeitos negativos na saúde do indivíduo.

De acordo com o Departamento de Serviço de Pesquisa Econômica da Agricultura dos EUA, o aumento da adição no período de 1994 para 1995 em calorias diárias foi de 19%.
O instituto Nacional do Câncer (EUA), realizou um estudo de 2001 a 2004 que obtiveram resultados que mostram que o grupo de indivíduos mais afetado é o de indivíduos de 14 a 18, principalmente os do sexo masculino. Ou seja, toda a nova geração, que nasceu em meio à revolução de hábitos alimentares.

Frutose
Originalmente conhecida como adoçante para pessoas com Diabetes Mellitus, por causa da inabilidade de estimular a produção de insulina, a frutose (carboidrato simples, monossacarídeo – encontrado em frutas e mel) tem sido vista com propósitos diferentes. Está diretamente ligada à obesidade e Diabetes tipo 2.
Muitos consumidores se enganam ao pensar que (xarope do amido de milho) é pura frutose, sendo que dela há de 42 a 55% e o resto de açúcar de mesa (composição similar à sucralose).
O departamento de Saúde e Serviços Humanos realizou um estudo sobre bevidas industrializadas, cujo principal ingrediente usado para adoçar é xarope do amido de milho. Os resultados foram espantosos, mostrando que o consumo excessivo atual tem causado epidemias de resistência à insulina, obesidade, HAS, dislipidemia, e Dibetes Mellitus do tipo 2 em indivíduos que por sinal tinha o mesmo perfil: excessivo consumo energético, sobrepeso e dieta pobre em variedade (desnutrição). Concluiu-se que bebidas adoçadas com frutose levam à: dislipidemia, aumento da glicose sanguínea, diminuição da sensibilidade à insulina e aumento da gordura viceral.

Resposta Insulina-Glicose
Muitos fatores influenciam a resposta da glicemia à alimentação, dentre eles:
° Composição do alimento (lipídeos, proteínas, carboidratos, fibras...)
°         Método de preparação e processamento
°         Combinação dos alimentos
°         Fatores fisiológicos como: idade e composição corporal
O controle da glicemia é feito pelo processamento metabólico que remove a glicose do sangue e a leva para dentro das células para produção de energia, através da ação da insulina, num momento pós-prandial. E em um momento de jejum, pela síntese de glicogênio, gliconeogênese e/ou glicogenólise, que levam a glicose para a corrente sanguínea, através da ação do glucagon.
Há crenças de que o consumo de sucralose resulta em um maior aumento da glicemia do que os amidos. Entretanto, o que acontece é que eles têm respostas biológicas diferentes.
Amidos cozidos como arroz pão e batatas têm resposta glicêmica similar à da glicose. Já as não-cozidas são absorvidas bem mais lentamente, com resposta glicêmica mais tardia. Ou seja, a preparação do alimento é o fator chave na resposta glicêmica à alimentação.
Em um estudo sobre alimentação feito em 10 adultos saudáveis. Foi determinada a resposta glicose-insulina para alimentos com  altos níveis de açúcares refinados (1 - chocolate e coca-cola) e outros (2 - amendoins e bananas), que continha quantidades similares de energia e gordura. Resultados: 1 elevou mais os níveis de glicose e insulina do que em 2, mostrando que a resposta não é influenciada pelo fato de o alimento ser sólido ou líquido. A quantidade de fibras foi maior em 2 do que em 1, o que contribui para uma menor resposta pós-prandial da glicose.

O efeitos dos açúcares da dieta na pressão sanguínea, lipídeos e inflamação
Várias pesquisas foram feitas em animais e humanos para estudar a influência dos açúcares na pressão sanguínea, os administrando por meio injetável e por ingestão. Apesar disso, os estudos são muito inconsistentes, mostrando que isso ainda é incerto.
É estabelecido que, quando usados para substituir os lipídeos da dieta, carboidratos podem elevar os níveis de triglicerídeos no plasma sanguíneo e diminuir os níveis de densidade lipoproteica, colesterol. Entretanto, o tipo de carboidrato parece influenciar no tipo de resposta lipídica.
Esses efeitos podem ser marcantes, é claro, em pessoas com sedentarismo, sobrepeso, síndrome metabólica e com dietas de baixo consumo de fibras. Há vários mecanismos pelos quais a frutose aumenta os níveis triglicéricos no pós-prandial, como a lipogênese, síntese dos triglicérides hepáticos, e secreção de lipoproteínas de baixa densidade.
Os estudos de número 58 a 60 citados nesse artigo, mostram que o consumo de alimentos (sólidos e líquidos) que possuem adição de açúcares tem levado a inflamação e a estresse oxidativo.

Açúcares da dieta e a obesidade
Os estudos ainda se mostram inconsistente quanto à isso, mas o que se sabe é que o consumo de bebidas adoçadas estão relacionadas com o aumento de massa corporal e baixo consumo de outros nutrientes. E quando há retirada dessas bebidas da dieta, há diminuição de peso.


         O caminho hedônico de recompensa alimentar
A palatabilidade do alimento disponível, indetermina os sinais de saciedade, motivando o consumo de energia superior ao necessário. Estudos mostraram que a sucralose no corpo pode alterar a produção de dopamina e a atividade de alguns neroutransmissores, o que causa esse efeito no consumo alimentar. Isso pode ser causado tanto por consumo de sucralose quanto de alimentos com alto teor de gordura. (A obesidade e estresse resulta em uma diminuição de receptores estriatais D2, o que diminuiu a neurotrasmissão da dopamina pela massa ativa.)

Líquidos X Sólidos
Em geral, não há diferença energética, mas foi comprovado que em uma dieta exclusivamente líquida, há maior aumento do peso corporal. Já que o corpo não vai gastar a energia que gastaria para “quebrar” um alimento sólido durante a digestão.

Adequação de nutrientes
Muitos fatores são levados em conta. Dentre eles, o sexo, a idade, altura, peso, o estado de saúde, alterações hormonais (como na TPM) a composição corporal, objetivo (manutenção corporal, perda ou ganho de massa) e o gasto energético. Mas basicamente é:
°    Carboidratos: 45 – 65% da dieta (<10% de açúcar simples)
°         Lipídeos: 15 – 30% da dieta
°         Proteínas: 15 – 20% da dieta
°         Fibras: 25 g/dia

Conclusões finais 
            Os carboidratos são essenciais para um bom funcionamento do organismo e são a principal fonte energética. Mas sua função só é efetiva, se o consumo for feito de forma correta.
Tanto o excesso quanto o baixo consumo pode trazer riscos à saúde. Mas não se pode esquecer que não é só a quantidade que é importante. A composição também importa, e muito. Escolher os tipos menos prejudiciais de açúcares para se consumir, por exemplo, é um passo para uma alimentação mais saudável. 


Artigo: “Intake of sugars and (cardiovascular) heath”
(sep/2009 – American Heart Association Nutrition Committee of the Council on Nutrition)


Postado por: Ana Luiza Campos

sábado, 18 de junho de 2011

Dieta Cetogênica e seu uso no tratamento da epilepsia

       A dieta cetogênica é uma das variadas dietas low carb existentes, a qual é baseada na baixa ingestão glicosídica (ou não ingestão), médio consumo de proteínas e alta ingestão de lipídios, a qual leva a um estado de cetose e acidose metabólica. Ela pode ser benéfica ou maléfica para vários grupos de indivíduos (diabéticos, hipertensivos, etc.), entre eles se tem os portadores de epilepsia, em que a dieta é vantajosa.
        A epilepsia é uma doença relacionada ao sistema nervoso,que pode apresentar diversas causas distintas, em que há alterações momentâneas e reversíveis do funcionamento do cérebro em diferentes graus, podendo ser crises de ausência (em que a pessoa somente se “desliga” por um momento), parcial simples, parcial complexa, tônico-clônicas entre outras, no entanto o grau menor da crise não é igual a menor importância, e todas devem ser muito bem observadas e tratadas.
O tratamento pode ser feito a partir de cirurgias e medicamentos antiepiléticos, que podem levar a cura (anos sem remédio e sem crises), no entanto é observado que os casos de epilepsia são tidos em maior frequência em crianças e adolescentes, nos quais se encontram maiores dificuldades de controle medicamentoso, levando ao tratamento através da dieta cetogênica (esta ainda pode ocorrer junto do uso de medicações). A fim de que isto ocorra, é preciso que antes o indivíduo com epilepsia seja submetido a um jejum que deve ser administrado com este internado no hospital, para que o corpo se encontre em estado de cetose, ponto de partida para o uso da dieta. É possível que a internação seja evitada, usando uma pré-dieta de dez dias antes do jejum.
Com o uso de uma dieta low carb como a dieta cetogênica, na qual se tem um baixo consumo glicosídico e alta ingestão de lipídios, o indivíduo acaba por obter uma baixa na produção de oxalacetato, composto inicial do ciclo de Krebs, diminuindo a quantidade oxidada de acetil CoA, assim, resultando em um acúmulo deste que acaba por gerar corpos cetônicos que em excesso são enviados para  a região do cérebro, levando a um estado de cetose. Este estado é benéfico para pacientes com epilepsia auxiliando na baixa das convulsões epiléticas e nas atividades elétricas anormais.
       Assim é visto como uma dieta low carb pode ser benéfica para alguns grupos de indivíduos, no caso, os epilépticos. No entanto, se o paciente faz uso da dieta cetogênica ele precisa receber suplementação de cálcio e de vitaminas, já que há um maior consumo de lipídios, tendo assim um déficit na ingestão de vitaminas hidrossolúveis, as quais precisam ser consumidas.


Postado por: Teresa Dias