quinta-feira, 30 de junho de 2011

10 dias só de Lipídios...

     Durante uma aula de bioquímica e biofísica, em que o professor Marcelo Hermes resolvia um estudo de caso, veio um questionamento do mesmo: “O que aconteceria no organismo de uma pessoa que fizesse uso de uma dieta cetogênica onde se tivesse o consumo de 100% de lipídios por 10 dias seguidos?” Aqui iremos explorar esse tema.
                A dieta cetogênica é um tipo de dieta low carb baseada no baixo ou nulo consumo de carboidratos e na alta ingestão de lipídios. Ao se fazer uma dieta cetogênica, o organismo do indivíduo deve passar por diversas adaptações. Isso se deve ao fato de o corpo ter a necessidade de, ao invés de utilizar a glicose provinda dos carboidratos como fonte de energia, passar a utilizar ácidos graxos e corpos cetônicos para este fim.
                O triacilglicerol presente no tecido adiposo é degradado, na ausência da glicose, e gera dois subprodutos: ácidos graxos e glicerol. Estes dois substratos seguem caminhos diferentes. Os ácidos graxos gerados serão oxidados e se tornarão moléculas de Acetil-CoA, que entrarão no ciclo de Krebs, a fim de produzir energia para o corpo e, principalmente, para o funcionamento das vias metabólicas do fígado, dentre elas, a gliconeogênese. Já o glicerol será utilizado na gliconeogênese pelo fígado para produzir glicose, que irá manter o nível de glicemia no sangue.
                Porém, com o uso prolongado de uma dieta cetogênica, ocorre um acúmulo de corpos cetônicos no sangue e na urina. Este processo é chamado de cetose. Este fenômeno provoca a queda do pH sanguíneo e, além disso, esse estado prolongado de cetose pode ser fatal.
                Como o organismo não terá as proteínas provindas da dieta, o corpo começará a degradar a proteína muscular para ajudar a produzir energia para o organismo, ou seja, ocorrerá perda de massa magra, o que não é saudável. Além disso, a deficiência de alguns micronutrientes (vitaminas e minerais) de extrema importância para o metabolismo do organismo poderia ser causada, pelo fato de alguns deles estarem presentes apenas em alimentos que possuem carboidratos e proteínas, mas que não poderiam ser consumidos nessa dieta.
                Assim, no caso de uma pessoa que mantiver o consumo apenas de lipídios em sua dieta por 10 dias, ela entrará em estado de cetose muito rapidamente e, por causa deste e dos outros fatores explicitados acima, isso provocaria distúrbios em seu metabolismo que poderiam ser irreversíveis.

Postado por: Andressa Cristina 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Álcool e dietas low carb combinam?

                Existem estudos que dizem que uma taça de vinho por dia, beneficiaria o nosso organismo por apresentar, em muitos dos seus componentes, características antioxidantes. Outras pesquisas também dizem que não só o vinho, mas várias bebidas alcoólicas em pequenas doses diárias preveniriam a mortalidade por certas doenças. Mas será que o consumo de álcool seria recomendado para pessoas que fazem o uso de dietas low carb?

                O álcool: vinhos e destilados em geral, são normalmente considerados bebidas de baixo carboidrato, a não ser que estejam misturados em forma de cocktails, em que são adicionados açúcar, suco, entre outros. Porém ao ingerir álcool, este servirá como fonte de energia, e como não pode ser estocado em nosso organismo, como o glicogênio, terá que ser consumido por completo.
                Questionado sobre o assunto, criador de uma das dietas low carb mais famosas, Robert C. Atkins diz que não recomenda seu consumo junto a dietas low carb. Sua resposta baseia-se no fato de que ao ingerir álcool, este será o primeiro combustível utilizado pelo organismo, e não os lipídios. Ademais, como o álcool não é armazenado em nosso organismo, para que volte a degradação dos ácidos graxos, primeiramente terá que esgotar o álcool presente no corpo. Esse acontecimento só irá adiar a cetose. Mas, se houver a necessidade de se consumir álcool, sejam quais forem as motivações do individuo, Atkins recomenda que se beba vinho, e que se este não for de seu gosto, opte então por vodka ou whisky, sendo que se houver misturas, não se adicione açúcar.

                Outros autores como: Ray Audette, Drs. Michael R. e Mary Dan Eades,também discordam quanto a ingestão de álcool em conjunto com dietas low carb, já que pode estar “danificando” não só o fígado, mas também os rins e o estômago.


Postado por: Aline Okamura

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dietas low carb e seu efeito no metabolismo

           Faremos agora uma análise do seguinte artigo científico, publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition, intitulado: Low-carbohydrate nutrition and metabolism (Nutrição low carb e o metabolismo).
                Com base em vários estudos clínicos realizados no decorrer dos anos, com indivíduos saudáveis, obesos e portadores de diabetes tipo 2, foi possível chegar-se  a diversas conclusões em relação às consequências trazidas pelas dietas cetogênicas de baixa ingestão de carboidratos (LCDK) ao metabolismo desses pacientes. Nesses estudos, diversos fatores foram analisados e proporcionaram aos pesquisadores compreender melhor o que acontece no organismo de um individuo que faz uma LCDK. Um dos objetivos desses pesquisadores era estudar a possibilidade de se utilizar as dietas cetogênicas de baixa ingestão de carboidratos como forma de tratamento ou, até mesmo, prevenção da obesidade e diabetes tipo 2 e mostrar como a utilização dessas dietas poderia chegar a este resultado. Além disso, esses estudos buscaram dizer se o uso dessas dietas aumenta ou diminui os riscos de um indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares. Outro fator mostrado através desse artigo é a relação entre essas dietas e a perda de peso, além da sensação de saciedade e redução do apetite.
               Dentre as conclusões chegadas através da análise desses estudos tem-se que:
- Com o uso de uma dieta low carb (com restrição de carboidratos), a principal fonte de energia do corpo deixa de ser a glicose e passa a ser os ácidos graxos e os corpos cetônicos produzidos pelo fígado; Tecidos dependentes de glicose recebem esse substrato proveniente da gliconeogênese e da glicogenólise;
- Ao reduzir-se o consumo de carboidratos (sendo uma dieta restritiva) não necessariamente aumenta-se a quantidade de proteínas e lipídios ingeridos, ou seja, as dietas low carb também são dietas de baixa caloria, que incluem um aumento no percentual de calorias provenientes de lipídios e proteína, mas não necessariamente um aumento em valores absolutos de lipídios e proteínas.
- O estado metabólico de uma pessoa que segue uma LCDK pode ser comparado à condições de jejum/fome; em condições de fome, o corpo utiliza apenas fontes endógenas como fontes de energia – proteínas musculares, glicogênio e reservas de gordura, já no caso de uma LCDK, o corpo utiliza fontes exógenas de proteína e gordura para fornecerem energia, somados ao glicogênio e depósitos de tecido adiposo do corpo, caso o gasto calórico for maior do que a ingestão calórica.
- Durante a fome, as concentrações de glicose caem, enquanto nas dietas de baixo consumo de carboidratos, apesar da falta da ingestão do mesmo, a taxa de glicose no sangue é mantida – formação de glicose a partir da gliconeogênese, com a utilização do glicerol provindo da quebra do triacilglicerol do tecido adiposo. Isso ocorre porque o corpo tem que manter os níveis de glicose estáveis, cuja função é do fígado.
- Estudos mostram que a prática de uma dieta low carb pode melhorar o controle glicêmico e a resistência à insulina em indivíduos saudáveis e em pacientes com diabetes tipo 2;
- Dietas low carb levam, além da perda de peso, à melhoras nos níveis de triglicerídeos no jejum e aumento nas taxas de HDL;
- As dietas low carb devem ser avaliadas para serem possíveis tratamentos para condições de hiperglicemia, hiperinsulinemia e resistência à insulina;
- Segundo esse artigo, as dietas low carb apresentam efeitos benéficos em relação aos fatores de risco que levam à doenças cardiovasculares, ou seja, sua prática não provoca riscos significativos para o aumento da decorrência deste tipo de doença;
- As dietas de baixa ingestão de carboidratos possuem um potencial terapêutico muito grande, pois podem prevenir ou tratar diversas doenças, como as descritas no artigo;
         Estas são algumas das conclusões às quais esses pesquisadores chegaram, porém, é importante ressaltar que, esta é a opinião dada por este artigo. Existem outros estudos e outras fontes que contrariam ou concordam com algumas dessas conclusões e mostram outros pontos de vista e outras pesquisas e estudos realizados.

Postado por: Andressa Cristina

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dieta Low Carb: um distúrbio alimentar?

         Dietas Low Carb (redução de carboidrato) são baseadas num consumo de 20-50 g de carboidratos por dia. Foi muito popular nos anos 1960. E de acordo com a autora do livro, é uma pena que tenha voltado aos dias de hoje e esteja virando moda.
       Essa dieta causa, dentre outros fatores, fadiga, perda de massa óssea, desidratação, desequilíbrio de eletrólitos, hipoglicemia, depressão e deficiência de vitaminas e minerais. Pessoas com distúrbios alimentares, geralmente já tem essas deficiências, e isso só eleva o risco.
Um estudo1 diz que a baixa ingestão de carboidratos pode resultar numa menor quantidade de sangue fluindo para o coração. E a conseqüente maior ingestão de proteínas pode aumentar a taxa de colesterol.
A mídia hoje em dia, em geral, divulga que a Dieta Low Carb é benéfica e seu resultado é uma grande perda de peso, mas não fala sobre seus riscos. E sabemos a grande influência que a mídia tem sobre as pessoas, fazendo com que isso seja um incentivo indireto à hábitos pouco saudáveis. Grande poder da mídia sobre as pessoas. Alguns estudos mostram que essa dieta pode ser benéfica para pacientes que tem a intenção de baixar os níveis de colesterol e triglicerídeos.
Outros estudos mostram que, num mesmo período de tempo, a perda de peso é semelhante entre as pessoas que fizeram dietas Low Carb (redução de carboidrato) e Low Fat (redução de lipídeos/gorduras). Sendo essa primeira responsável por uma perda que é basicamente conseqüência de desidratação, que é revertida no momento em que a ingestão de carboidratos é retomada, ou seja, há reganho de peso.
Os distúrbios alimentares presente na sociedade hoje em dia são:
°      Anorexia: Onde não há ingestão de alimentos, ou seja, o corpo sofre com a falta de energia através da oxidação de carboidratos, proteínas e lipídeos, resultando numa perda de peso exagerada. Então, o organismo recorre às reservas de glicose no músculo e no fígado. E quando esta também se esgota, a solução é utilizar os adipócitos, o que provoca a formação de corpos cetônicos, o que à longo prazo, pode ser tóxico.
°      Bulimia: É quando há uma ingestão, que na maioria é exagerada, mas  que  a digestão é interrompida de forma forçada, por vômitos ou pela ingestão de laxantes, o que dificulta a absorção. Assim, há além da perda excessiva de peso, um grau alto de desnutrição e desidratação.
°      Transtorno do comer compulsivo: Ocorre quando há uma grande ingestão de alimentos, sem controle, onde a pessoa, não sente saciedade e por isso, continua a comer cada vez mais. Isso causa um alto ganho de peso (principalmente de massa gorda), além de aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos, e vários outros maléficos à saúde.
°      Há quem diga que a dieta low carb é um tipo de distúrbio alimentar.

: A autora cita nos texto, vários estudos e artigos, mas não cita fonte específica


          Então, leitores, a minha intenção com esse post, foi criar uma discussão. E levando em conta o seguinte esquema:

CHO → principal fonte de energia (Amido; sacarose; maltose; glicose; frutose)
Obtenção de energia
¯
Oxidação de macronutrientes
¯
Liberação energia e CO2

Baixa glicose → Recorrer aos adipócitos  → Formação de corpos cetônicos → “intoxicação”

O que você acham? A dieta low carb pode ser considerada um distúrbio alimentar? Comentem e deixam suas opiniões!

 Livro: Eating Disorders Today. Autora: Diane Keddy, MS, RD. Summer 2004. Volume 2. Number 4.
Livro: Fisiologia Médica. Autores: Guyton e Hal. 9th Edition


Postado por: Ana Luiza Campos

Adição de Acúcares

Açúcares são componentes presentes nos alimentos, ou seja, são consumidos naturalmente através deles, ou artificiais que podem ser adicionados a eles.
Há várias definições de açúcares (tab 1)
°         Carboidratos simples: mono e dissacarídeos
°         Carboidratos complexos: polissacarídeos
°   Extrínseco: alimentos com adição de açúcar durante a preparação, processamento ou à mesa
°     Intrínseco: ocorrência natural, encontrados nos alimentos
°         Açúcares totais: naturais + adicionados
Como o esperado por nós, uma dieta saudável e balanceada, já contém a quantidade de açucares para suprir a necessidade do organismo. Mas o que acontece nos dias de hoje é o excesso. A adição de de açúcares nos alimentos industrializados, por exemplo, proporciona uma sensação de prazer ao paladar, incentivando cada vez mais a ingestão daquele alimento. E isso resulta em vários efeitos negativos na saúde do indivíduo.

De acordo com o Departamento de Serviço de Pesquisa Econômica da Agricultura dos EUA, o aumento da adição no período de 1994 para 1995 em calorias diárias foi de 19%.
O instituto Nacional do Câncer (EUA), realizou um estudo de 2001 a 2004 que obtiveram resultados que mostram que o grupo de indivíduos mais afetado é o de indivíduos de 14 a 18, principalmente os do sexo masculino. Ou seja, toda a nova geração, que nasceu em meio à revolução de hábitos alimentares.

Frutose
Originalmente conhecida como adoçante para pessoas com Diabetes Mellitus, por causa da inabilidade de estimular a produção de insulina, a frutose (carboidrato simples, monossacarídeo – encontrado em frutas e mel) tem sido vista com propósitos diferentes. Está diretamente ligada à obesidade e Diabetes tipo 2.
Muitos consumidores se enganam ao pensar que (xarope do amido de milho) é pura frutose, sendo que dela há de 42 a 55% e o resto de açúcar de mesa (composição similar à sucralose).
O departamento de Saúde e Serviços Humanos realizou um estudo sobre bevidas industrializadas, cujo principal ingrediente usado para adoçar é xarope do amido de milho. Os resultados foram espantosos, mostrando que o consumo excessivo atual tem causado epidemias de resistência à insulina, obesidade, HAS, dislipidemia, e Dibetes Mellitus do tipo 2 em indivíduos que por sinal tinha o mesmo perfil: excessivo consumo energético, sobrepeso e dieta pobre em variedade (desnutrição). Concluiu-se que bebidas adoçadas com frutose levam à: dislipidemia, aumento da glicose sanguínea, diminuição da sensibilidade à insulina e aumento da gordura viceral.

Resposta Insulina-Glicose
Muitos fatores influenciam a resposta da glicemia à alimentação, dentre eles:
° Composição do alimento (lipídeos, proteínas, carboidratos, fibras...)
°         Método de preparação e processamento
°         Combinação dos alimentos
°         Fatores fisiológicos como: idade e composição corporal
O controle da glicemia é feito pelo processamento metabólico que remove a glicose do sangue e a leva para dentro das células para produção de energia, através da ação da insulina, num momento pós-prandial. E em um momento de jejum, pela síntese de glicogênio, gliconeogênese e/ou glicogenólise, que levam a glicose para a corrente sanguínea, através da ação do glucagon.
Há crenças de que o consumo de sucralose resulta em um maior aumento da glicemia do que os amidos. Entretanto, o que acontece é que eles têm respostas biológicas diferentes.
Amidos cozidos como arroz pão e batatas têm resposta glicêmica similar à da glicose. Já as não-cozidas são absorvidas bem mais lentamente, com resposta glicêmica mais tardia. Ou seja, a preparação do alimento é o fator chave na resposta glicêmica à alimentação.
Em um estudo sobre alimentação feito em 10 adultos saudáveis. Foi determinada a resposta glicose-insulina para alimentos com  altos níveis de açúcares refinados (1 - chocolate e coca-cola) e outros (2 - amendoins e bananas), que continha quantidades similares de energia e gordura. Resultados: 1 elevou mais os níveis de glicose e insulina do que em 2, mostrando que a resposta não é influenciada pelo fato de o alimento ser sólido ou líquido. A quantidade de fibras foi maior em 2 do que em 1, o que contribui para uma menor resposta pós-prandial da glicose.

O efeitos dos açúcares da dieta na pressão sanguínea, lipídeos e inflamação
Várias pesquisas foram feitas em animais e humanos para estudar a influência dos açúcares na pressão sanguínea, os administrando por meio injetável e por ingestão. Apesar disso, os estudos são muito inconsistentes, mostrando que isso ainda é incerto.
É estabelecido que, quando usados para substituir os lipídeos da dieta, carboidratos podem elevar os níveis de triglicerídeos no plasma sanguíneo e diminuir os níveis de densidade lipoproteica, colesterol. Entretanto, o tipo de carboidrato parece influenciar no tipo de resposta lipídica.
Esses efeitos podem ser marcantes, é claro, em pessoas com sedentarismo, sobrepeso, síndrome metabólica e com dietas de baixo consumo de fibras. Há vários mecanismos pelos quais a frutose aumenta os níveis triglicéricos no pós-prandial, como a lipogênese, síntese dos triglicérides hepáticos, e secreção de lipoproteínas de baixa densidade.
Os estudos de número 58 a 60 citados nesse artigo, mostram que o consumo de alimentos (sólidos e líquidos) que possuem adição de açúcares tem levado a inflamação e a estresse oxidativo.

Açúcares da dieta e a obesidade
Os estudos ainda se mostram inconsistente quanto à isso, mas o que se sabe é que o consumo de bebidas adoçadas estão relacionadas com o aumento de massa corporal e baixo consumo de outros nutrientes. E quando há retirada dessas bebidas da dieta, há diminuição de peso.


         O caminho hedônico de recompensa alimentar
A palatabilidade do alimento disponível, indetermina os sinais de saciedade, motivando o consumo de energia superior ao necessário. Estudos mostraram que a sucralose no corpo pode alterar a produção de dopamina e a atividade de alguns neroutransmissores, o que causa esse efeito no consumo alimentar. Isso pode ser causado tanto por consumo de sucralose quanto de alimentos com alto teor de gordura. (A obesidade e estresse resulta em uma diminuição de receptores estriatais D2, o que diminuiu a neurotrasmissão da dopamina pela massa ativa.)

Líquidos X Sólidos
Em geral, não há diferença energética, mas foi comprovado que em uma dieta exclusivamente líquida, há maior aumento do peso corporal. Já que o corpo não vai gastar a energia que gastaria para “quebrar” um alimento sólido durante a digestão.

Adequação de nutrientes
Muitos fatores são levados em conta. Dentre eles, o sexo, a idade, altura, peso, o estado de saúde, alterações hormonais (como na TPM) a composição corporal, objetivo (manutenção corporal, perda ou ganho de massa) e o gasto energético. Mas basicamente é:
°    Carboidratos: 45 – 65% da dieta (<10% de açúcar simples)
°         Lipídeos: 15 – 30% da dieta
°         Proteínas: 15 – 20% da dieta
°         Fibras: 25 g/dia

Conclusões finais 
            Os carboidratos são essenciais para um bom funcionamento do organismo e são a principal fonte energética. Mas sua função só é efetiva, se o consumo for feito de forma correta.
Tanto o excesso quanto o baixo consumo pode trazer riscos à saúde. Mas não se pode esquecer que não é só a quantidade que é importante. A composição também importa, e muito. Escolher os tipos menos prejudiciais de açúcares para se consumir, por exemplo, é um passo para uma alimentação mais saudável. 


Artigo: “Intake of sugars and (cardiovascular) heath”
(sep/2009 – American Heart Association Nutrition Committee of the Council on Nutrition)


Postado por: Ana Luiza Campos

sábado, 18 de junho de 2011

Dieta Cetogênica e seu uso no tratamento da epilepsia

       A dieta cetogênica é uma das variadas dietas low carb existentes, a qual é baseada na baixa ingestão glicosídica (ou não ingestão), médio consumo de proteínas e alta ingestão de lipídios, a qual leva a um estado de cetose e acidose metabólica. Ela pode ser benéfica ou maléfica para vários grupos de indivíduos (diabéticos, hipertensivos, etc.), entre eles se tem os portadores de epilepsia, em que a dieta é vantajosa.
        A epilepsia é uma doença relacionada ao sistema nervoso,que pode apresentar diversas causas distintas, em que há alterações momentâneas e reversíveis do funcionamento do cérebro em diferentes graus, podendo ser crises de ausência (em que a pessoa somente se “desliga” por um momento), parcial simples, parcial complexa, tônico-clônicas entre outras, no entanto o grau menor da crise não é igual a menor importância, e todas devem ser muito bem observadas e tratadas.
O tratamento pode ser feito a partir de cirurgias e medicamentos antiepiléticos, que podem levar a cura (anos sem remédio e sem crises), no entanto é observado que os casos de epilepsia são tidos em maior frequência em crianças e adolescentes, nos quais se encontram maiores dificuldades de controle medicamentoso, levando ao tratamento através da dieta cetogênica (esta ainda pode ocorrer junto do uso de medicações). A fim de que isto ocorra, é preciso que antes o indivíduo com epilepsia seja submetido a um jejum que deve ser administrado com este internado no hospital, para que o corpo se encontre em estado de cetose, ponto de partida para o uso da dieta. É possível que a internação seja evitada, usando uma pré-dieta de dez dias antes do jejum.
Com o uso de uma dieta low carb como a dieta cetogênica, na qual se tem um baixo consumo glicosídico e alta ingestão de lipídios, o indivíduo acaba por obter uma baixa na produção de oxalacetato, composto inicial do ciclo de Krebs, diminuindo a quantidade oxidada de acetil CoA, assim, resultando em um acúmulo deste que acaba por gerar corpos cetônicos que em excesso são enviados para  a região do cérebro, levando a um estado de cetose. Este estado é benéfico para pacientes com epilepsia auxiliando na baixa das convulsões epiléticas e nas atividades elétricas anormais.
       Assim é visto como uma dieta low carb pode ser benéfica para alguns grupos de indivíduos, no caso, os epilépticos. No entanto, se o paciente faz uso da dieta cetogênica ele precisa receber suplementação de cálcio e de vitaminas, já que há um maior consumo de lipídios, tendo assim um déficit na ingestão de vitaminas hidrossolúveis, as quais precisam ser consumidas.


Postado por: Teresa Dias

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Curiosidades...

Qual seria a quantidade de carboidrato requerida pelo seu organismo diariamente?



Para mostrar a importância da ingestão carboidratos, abaixo encontra-se um link onde há uma calculadora, que estima a quantidade de carboidratos que o organismo necessita diariamente, e por causa de dietas como as low carb, são substituídos por lipídios e proteínas, que são baseadas na ingestão de baixa quantidade de carboidratos.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

A saúde da presidenta Dilma

    Após as eleições presidenciais que ocorreram em 2010 e com a vitória de Dilma Rousseff, a primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil, não é de se estranhar que ela esteja sob o foco da mídia. Um assunto que vem sendo bastante discutido pelos diversos meios de comunicação se refere à saúde da então presidenta. Saiu recentemente na revista Época, uma reportagem tratando justamente deste assunto e nós iremos utilizá-la para abordar o tema do nosso blog em cima disso: quais os benefícios e malefícios que a dieta low carb traria à presidenta Dilma?
                Recentemente, Dilma apresentou um quadro de pneumonia e teve que ser tratada com vários medicamentos e se recuperou há pouco tempo. Essa doença só fez chamar ainda mais a atenção da mídia para o estado de saúde geral da presidenta. A prática de uma dieta baseada na ingestão de baixa quantidade de carboidratos pela presidenta poderia trazer alguns benefícios à ela, devido a alguns problemas de saúde que ela apresenta.
                Dilma possui Tireoidite de Hashimoto, cuja causa mais comum é o hipotireoidismo, um distúrbio da glândula tireoide, onde ela não produz adequadamente os hormônios T3 e T4, que regulam o metabolismo energético do corpo e, quando abaixo dos níveis normais, ocasionam menor gasto energético e ganho de peso. Assim, uma dieta low carb ajudaria a presidenta a manter seu peso, pois o motivo principal do aumento de massa ocasionado por esse distúrbio é o acúmulo de mucopolissacarídeos no organismo, provindos dos carboidratos.
                Já se tratando do sistema cardiovascular, constata-se que Dilma possui alguns problemas para manter sua pressão arterial em níveis normais e necessita de remédios vez ou outra para poder regulá-la. Estudos mostram que a ingestão de baixa quantidade de carboidratos pode diminuir a pressão arterial, diminuindo consequentemente os riscos de doenças cardiovasculares e a necessidade do uso de remédios para este fim.
                Como Dilma sofre de diabetes tipo 2 em situações limítrofes e necessita do uso de medicamentos para controlar a taxa de glicose sanguínea, uma dieta low carb, por ser de baixo nível glicêmico, acaba diminuindo a taxa de glicose e insulina circulando na corrente sanguínea, diminuindo também a necessidade do uso de medicamentos por ela. Além disso, ela ajuda a diminuir o peso, o que, no caso de uma pessoa que é pré-diabética, é muito importante.
                Apesar disso, a dieta low carb também pode gerar alguns malefícios para a presidenta. Devido ao uso de tantos medicamentos para o tratamento da pneumonia, seu fígado estava sobrecarregado e a alta ingestão de proteínas, aconselhada na dieta low carb, agravaria essa situação, podendo causar, a longo prazo, insuficiência hepática e renal. Outro fator que deve ser levado em consideração é a deficiência de potássio que a presidenta apresenta.  Pelo fato de a dieta low carb ser bastante restritiva em relação à variedade de alimentos que podem ser ingeridos, as principais fontes desse mineral não seriam consumidas por ela, pois se tratam de frutas e legumes, principalmente, e que são ricos em carboidratos. 

Postado por: Andressa Cristina

sábado, 11 de junho de 2011

Dieta do Dr. Atkins


          A dieta de Atkins é uma das dietas mais famosas presente no “mundo low carb”. Ela foi criada por um médico, Dr. Robert Atkins, no final dos anos 90, e até hoje causa muitas polêmicas. A popularidade desta dieta teve início com o lançamento de seu primeiro livro: "Dr. Atkins' Diet Revolution". Ela baseia-se na seguinte teoria de Dr. Atkins: a redução drástica no consumo de carboidratos pelo indivíduo forçaria seu organismo a utilizar o excesso de “gordura” como fonte de energia, ocasionando na perda de peso pelo mesmo. Outra teoria defendida por ele dizia que os carboidratos eram os responsáveis pela produção de insulina e que a mesma causava a conversão de carboidratos em gordura (tecido adiposo), ou seja, os carboidratos seriam os principais responsáveis pelo maior ganho de peso do indivíduo.
          A dieta de Atkins é divida em quatro fases:
          Indução: é a fase mais radical e dura 2 semanas. Nela, a pessoa deve limitar seu consumo de carboidratos a 20 gramas por dia, a fim de entrar em processo de cetose (produção de corpos cetônicos e ácidos graxos, devido a quebra de triacilglicerol do tecido adiposo) rapidamente, sendo, assim, a fase onde ocorre a perda de peso maior e mais rápida (cerca de 3 a 4 Kg). Nesta fase, o indivíduo pode comer todos os tipos de carnes e queijos e outros produtos ricos em gordura, podendo também consumir apenas os vegetais com baixo teor de carboidratos, como brócolis e alface, mas mesmo assim de forma limitada (três porções pequenas por dia).
          Perda de peso contínua: É uma fase de “teste”, pois ela tem o objetivo de determinar qual a quantidade de carboidratos máxima que faz com que o indivíduo perca peso. Nela, a ingestão de carboidratos pode ter um acréscimo de cinco gramas por dia e dura até que o peso da pessoa esteja 5 Kg acima do desejado.
       Pré manutenção: Nesta fase, a ingestão de carboidratos é aumentada gradativamente até que seja determina a quantidade que faça com que a pessoa não ganhe mais peso.
          Manutenção: Fase onde a pessoa é incentivada a manter os mesmos hábitos alimentares das fases anteriores para manter-se no peso desejado e não deve ser interrompida, podendo ocorrer à volta as fases anteriores da dieta. Deve ser mantida para o resto da vida.

          Como podemos observar, esta dieta tem um caráter bastante restritivo em relação à variedade de alimentos que podem ser ingeridos pelo indivíduo. Dentre as vantagens que podem ser observadas na prática desta dieta estão a inevitável perda de peso, causada pela redução na quantidade de calorias da dieta, a melhora inicial nos níveis de colesterol e glicose sanguíneos, provocados, principalmente, pela perda de peso, apesar de ser uma dieta rica em lipídios.
            Apesar disso, ela também pode trazer algumas desvantagens e efeitos colaterais para o organismo. A restrição na ingestão de carboidratos causa a perda de peso, porém, depois de um tempo sem o suprimento suficiente do macronutriente que é a principal fonte de energia do organismo, o corpo passará a degradar os próprios músculos para este fim. Ou seja, esta dieta provoca uma perda de massa muscular, o que não é saudável. A desidratação provocada pelo maior consumo de proteínas também justifica essa maior perda de peso na fase inicial da dieta. Percebe-se, também, que quando a pessoa para de praticar a dieta seu peso volta ao normal ou, até mesmo, aumenta ainda mais.
     Pessoas que utilizam essa dieta comumente apresentam carência de alguns micronutrientes que estão presentes em alimentos que são restringidos nessa dieta, como por exemplo, frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios, que são grandes fontes de vitaminas e minerais vitais para o bom funcionamento do organismo.
           A longo prazo, o alto consumo de proteínas para suprir a baixa ingestão de carboidratos pode causar osteoporose, pois o cálcio presente no organismo deixa de ser utilizado e passa a ser excretado na urina, gerando maiores riscos de fraturas. Esta dieta também causa, a longo prazo, a sobrecarga do fígado e dos rins, pelo alto consumo de proteínas, que são os órgãos responsáveis por metabolizar os aminoácidos das proteínas e excretar o nitrogênio liberado neste processo.
           Outros efeitos colaterais observados em indivíduos que fazem uso de dietas com baixo consumo de carboidratos e alto consumo de proteínas são: fadiga, náusea, dores de cabeça, constipação e mau hálito, causados pelo acúmulo de cetonas no corpo.
           “De acordo com Keith Ayoob, doutor em educação, nutricionista registrado e diretor de nutrição do Rose F. Kennedy Center na Albert Einstein College of Medicine, o fato de que as pessoas geralmente perdem peso com o plano do Dr. Atkins não é necessariamente algo bom. Certamente a cetose pode ajudá-lo a perder peso, mas é também o que acontece quando as pessoas passam fome. Apesar do argumento do Dr. Atkins de que o corpo elimina muitas calorias extras na urina, um estudo publicado no Journal of the American Medical Association descobriu que apenas cerca de 100 calorias são eliminadas na urina diariamente.”
        Percebe-se, assim, que essa dieta funciona até certo ponto, porém, os efeitos colaterais e consequências que ela traz merecem ser levados em consideração na hora de decidir aderi-la ou não.


Postado por: Andressa Cristina

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Está na mídia - Dieta Dukan

                       Atualmente vem-se falando muito da perda de peso da mais nova duquesa de Cambridge, e as más línguas dizem que a esposa do príncipe vem comendo muito pouco, por conta de estar fazendo a dieta DuKan. Essa dieta, de fato, tem ganhado muita fama em meio aos famosos e muitos que querem perder peso estão aderindo a ela. Essa dieta foi elaborada há pelo menos 10 anos atrás, pelo Dr. Pierre Dukan e também é conhecia como dieta francesa. Esse mesmo Doutor publicou um livro sobre essa dieta chamado “Eu não consigo emagrecer”.
                Essa dieta elaborada por este francês é uma dieta low carb, baseada na dieta de nossos antepassados, os homens primitivos, que comiam somente o que encontravam: carne e vegetais. Essa dieta permite que se coma 100 alimentos à vontade, sendo que 72 alimentos são de origem animal e 28 de origem vegetal. Esse regime alimentar está composto em quatro fases:
                - 1ª fase – Ataque – O indivíduo poderá alimentar-se somente de alimentos protéicos como peixes, ovos, carnes e laticínios desnatados. Essa fase terá duração de no máximo 10 dias.
                - 2ª fase – Cruzeiro – Poderão ser ingeridos na alimentação os mesmos alimentos da fase 1, bem como algumas verduras e legumes (28 vegetais recomendados), excluindo batata, ervilha e arroz, por exemplo. Essa fase durará até que se alcance o peso desejado, chamado pelo Dr. Dukan de peso verdadeiro.
            - 3ª fase – Consolidação – Essa é a fase de manutenção do peso, onde é possível comer todos os alimentos da fase 2 além de uma fruta por dia e duas refeições livres por semana, por exemplo: um doce, ou uma fritura. Esse período irá durar 10 dias multiplicado pela quantidade de kilos perdidos, por exemplo: 4kg perdidos = 40 dias nessa fase.
             - 4ª fase – Estabilização – Nada mais é proibido, porém é necessário repetir uma vez por semana a fase 1. A sugestão do Dr. Dukan é que seja na quinta-feira.
                Em todas as fases é recomendado comer 3 colheres de farelo de aveia diariamente, bem como beber pelo menos 1,5L de líquido por dia.
                Como podemos observar, essa dieta é bastante restritiva, e podemos considerar que oferece uma quantidade de calorias menor do que a necessária para o indivíduo, o que o faz emagrecer, já que seu gasto energético total (GET) será maior que seu valor energético total (VET). Também verificamos nessa dieta, que se recomenda a ingestão de água e farelo de aveia, o que contribui para o bom funcionamento do nosso organismo. O farelo de aveia irá ajudar no controle de colesterol no sangue, e a água, que nos é essencial, irá melhorar o funcionamento dos sistemas renal e intestinal.
                Como tudo, essa dieta apresenta algumas desvantagens. O livro escrito pelo próprio Doutor revela que aderindo essa dieta, é possível que o paciente tenha mau hálito, boca seca, problemas renais e prisão de ventre. O mau hálito pode estar relacionado à alta concentração de corpos cetônicos no corpo. Já os problemas renais têm haver com a sobrecarga desse órgão devido a alta ingestão de proteínas. E a prisão de ventre poderia ser causada pelo pouco consumo de fibras, que provém de frutas, verduras e legumes, que também são fontes de vitaminas e minerais. Associado a isso temos o problema do baixo consumo de carboidratos, que são a principal fonte de energia para todo o organismo, que apesar de conseguir produzir energia a partir de outros macronutrientes, esse processo será mais lento, provocando uma desordem bioquímica. Essa inversão de “papéis” pode ocasionar mal estar, desânimo e cansaço.
           Segundo uma pesquisar feita na França, a “Le Régime Dukan: et Après ?” (”A Dieta Dukan: e Depois?” ), 75% das pessoas que fizeram essa dieta, depois de 2 anos recuperaram seus pesos perdidos, o que podemos considerar um efeito sanfona, que não é o que propõe a dieta.


Postado por: Aline Okamura

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dietas Low Carb: O que são?

A busca da população por padrões de beleza considerados ideais faz com que as pessoas procurem métodos cada vez mais eficientes e, principalmente, rápidos para emagrecer, como as dietas por exemplo. Uma dieta que vem sendo bastante utilizada ultimamente é a dieta Low Carb. As dietas Low Carb são dietas baseadas na ingestão de baixa quantidade de carboidratos, principalmente carboidratos simples, e são bastante utilizadas pelas pessoas que têm o objetivo de perder peso mais rapidamente. Apesar dos benefícios que essa dieta pode proporcionar, existem algumas consequências graves pelas quais um indivíduo pode ser exposto, a médio e longo prazo, ao aderir a essa dieta.
               Os carboidratos são a principal fonte de energia que o corpo possui para exercer as suas funções. Por causa disso, eles passam por uma rápida digestão no organismo, a fim de produzir energia para o corpo, e isso provoca um aumento na produção de insulina, que acaba sendo responsável por conduzir esse açúcar para o tecido adiposo, sob a forma de triacilglicerol, e para os músculos, na forma de glicogênio, para reduzir a taxa de glicose no sangue. Isso faz com que o indivíduo tenha mais dificuldades em perder peso e é justamente por esse motivo que muitos deles acabam banindo os carboidratos da sua dieta, substituindo-os, principalmente, por proteínas, e também por lipídios.
           Dentre os benefícios que essas dietas trazem para o organismo, podemos citar, primeiramente, a grande perda de peso. A falta deste macronutriente na dieta induz o organismo a metabolizar outros substratos para produzir energia, os aminoácidos, vindos da degradação de proteínas pelo organismo, e, principalmente, de ácidos graxos, provenientes da quebra de triacilglicerol presente no tecido adiposo.
Outra vantagem da adesão desta dieta trata-se da menor chance de um indivíduo em tornar-se diabético, por causa do menor índice glicêmico desta dieta, ou seja, gera menos glicose e insulina circulando na corrente sanguínea. Isso porque uma dieta baseada na alta ingestão de carboidratos, principalmente, os simples, que não demandam processos digestivos complexos, ou seja, são facilmente absorvidos pelo organismo, em longo prazo, podem gerar um quadro de diabetes tipo II no indivíduo, ou seja, causam resistência à insulina pelo organismo devido à alta glicemia provocada pela ingestão destes carboidratos simples.
Pesquisas mostram que o uso de dietas low carb podem minimizar os riscos de doenças cardiovasculares, devido à diminuição nos níveis de colesterol, pressão arterial, triglicerídeos, entre outros fatores que acarretam esses tipos de doenças. Porém, vale ressaltar, que o indivíduo que aumenta exageradamente o consumo de lipídios para suprir o baixo consumo de carboidratos, tende a ter esses riscos aumentados, assim, é preciso estar atento quanto a isso.
Dentre as desvantagens presentes na prática das Dietas Low Carb, em longo prazo, pode-se citar o alto risco de um indivíduo desenvolver insuficiência renal e hepática. Isso se deve ao fato de essas dietas serem baseadas na alta ingestão de proteínas, ou seja, é uma dieta hiperprotéica; isso acarreta ao maior funcionamento ou sobrecarga do fígado e dos rins para metabolizar esses aminoácidos, para a produção de ureia, e a filtração do sangue para excreção do nitrogênio presente em excesso no organismo, respectivamente. Existe também a chance de ocorrer formação das conhecidas “pedras nos rins”, pedras de ácido úrico e cálcio nos rins devido o alto consumo de proteínas.
Além disso, o alto consumo de proteínas para suprir a baixa ingestão de carboidratos pode causar osteoporose, pois o cálcio presente no organismo deixa de ser utilizado e passa a ser excretado na urina. Outro ponto que também pode ser ressaltado é o fato de serem frequentes os casos de constipação intestinal em indivíduos utilizam essas dietas, pois os carboidratos são as principais fontes de fibras na alimentação, e elas são responsáveis por fazer essa regulação do trânsito intestinal.
Alguns estudos mostram que indivíduos que já possuem diabetes tipo II podem ter seu quadro clínico agravado devido à utilização dessa dieta e não são recomendadas para esses pacientes a longo prazo, apesar de que, a curto prazo, a perda de peso que ela gera é considerável e que os níveis de glicemia e insulinemia sejam reduzidos com o baixo consumo de carboidratos, o que é bom para paciente que possuem esta doença.


Postado por: Andressa Cristina